As perturbações psicossociais relacionadas com o trabalho afectam o trabalhador de uma forma menos directa e menos visível que as patologias físicas, os acidentes de trabalho e as doenças profissionais até agora reconhecidas. Para prevenir é necessário ter meios que permitem identificar rapidamente esses riscos. Para o reconhecimento pelo sistema de segurança social, deve poder constar o carácter de doença profissional sempre que
se tenha estabelecido uma relação directa e essencial entre a actividade habitual e a doença. Mas as relações de causalidade dessas patologias, cujos efeitos são difusos e diferidos, são difíceis de estabelecer formalmente devido ao seu carácter plurifactorial (Bressol, 2004).